Patrimônios Materiais de Belo Vale

Fazenda Boa Esperança

Edificação do século XVIII, a qual pertenceu ao Barão do Paraopeba, Sr. José Romualdo Monteiro de Barros, Grande empresário da época colonial. No ano de 1970, foi adquirida pelo Governo do Estado de Minas Gerais e incorporada ao Patrimônio do IEPHA/MG, por determinação da Lei nº 6.485 de 25 de novembro de 1974. Possui Tombamento Estadual dado pelo Decreto Nº 17.009 de 27/02/1975, inscrito no Livro do Tombo I Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico/ Livro do Tombo II- Belas Artes e III – Histórico, das obras de Arte Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos. Tombamento Federal dado pelo Número do Processo: 569-T-, folha Nº 84 de 27/08/1959.

Museu do Escravo

O Museu do Escravo situado em Belo Vale-MG é uma instituição única no país. Foi criado em Congonhas-MG, nas dependências da Basílica do Senhor Bom Jesus, pelo padre Dr. José Luciano Jacques Penido, natural de Belo Vale. Em 1975 o Museu foi oficializado como Museu Municipal através do Decreto Municipal de Nº 504 de 09 de maio de 1975 onde em 1977, fora transferido para a fazenda da Boa Esperança na cidade de Belo Vale, fazenda esta, construída no último quartel do século XVIII.

Casarão dos Araújo

O sobrado da Praça assim conhecido por todos belo-valenses, é uma inspiração em construções típicas dos primeiros anos de Belo Horizonte, foi construído entre 1923 e 1929. Em 17 de dezembro de 1938, ocorreu a emancipação política de Belo Vale e em 1939, instalou-se o município, e o salão principal da parte superior do sobrado foi cedido, generosamente para a instalação do primeiro “Paço Municipal”. Em 2016 o prédio foi restaurado através do poder público municipal e hoje, em sua parte superior, funciona o Setor Jurídico Municipal e, na parte inferior, a Loja de Artesanato “Casarão das Artes", onde os artesãos belo-valenses, expõem e comercializam seus produtos.

Complexo Ferroviário - Estação Ferroviária

O Conjunto da Estação Ferroviária foi inaugurado em 20 de junho de 1917. Uma Construção de inspiração Inglesa, é composto pela plataforma de embarque e desembarque de passageiros, Caixa d’Água e as Casas que serviam como residência aos antigos trabalhadores da Rede Ferroviária Central do Brasil (RFCB). Foi tombado a nível municipal através do Decreto Nº 102/1998, com revisão dada pelo Decreto Municipal Nº 11/2006 e também é um Patrimônio Ferroviário Protegido pela Lei estadual Nº 23.230/2018. Atualmente, a Estação Ferroviária é sede da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e as Casas sedes das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e Agropecuária.

Sítio Arqueológico Ruínas da Chacrinha dos Pretos

O Quilombo Chacrinha dos Pretos formou-se ao longo de cento e oitenta e um (181) anos numa faixa territorial envolvida pelas trajetórias históricas de duas fazendas: Chácara e Santa Cecília, ambas oriundas da década de 1750. Em 2005 esta localidade, marcadamente formada por famílias negras, foi certificada pela Fundação Cultural Palmares como uma comunidade quilombola. Marco do início de formação da comunidade, é as Ruínas da Fazenda da Chácara, que compõem o Sítio Arqueológico das Ruínas da Chacrinha dos Pretos, que representam para a Comunidade local o início da formação do Quilombo. Este Sítio Arqueológico possui Tombamento a Nível Municipal, através do Decreto de Nº 1249/2011. No ano de 2021, a Comunidade Quilombola Chacrinha dos Pretos foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial de Belo Vale através do Decreto de Nº 686/2021.

Sítio Arqueológico Ruínas Casas Velhas e Calçada de Pedras

O Conjunto Arqueológico e Paisagístico das Ruínas Casas Velhas e Calçada de Pedras está localizado na Serra dos Mascates, zona rural de Belo Vale. Existem diferentes versões sobre o surgimento da Fazenda Casas Velhas. Segundo alguns estudos, ali poderia ter sido uma fazenda agrícola, ou até mesmo um paiol (local onde se guardava armas, pólvoras e demais munições), existem versões também de que neste local poderia ter sido um forte militar, onde funcionava também uma prisão para os condenados que cumpriam penas de trabalhos forçados. Também na Serra dos Mascates, avistamos a Calçada de Pedras, que ligava a Fazenda Boa Esperança, ao Caminho velho da Estada Real. Por esta calçada, escoava toda produção da fazenda que abastecia outras cidades incluindo a capital da Província, Ouro Preto. Por seu valor histórico, arqueológico e paisagístico o Sítio Arqueológico Ruínas da Fazenda das Casas Velhas e a Calçada de Pedra receberam o tombamento Municipal dado pelo decreto Nº 155/2014.

Marco dos Bandeirantes

Em 13 de março de 1673, Matias Cardoso de Almeida, sertanista paulista que conhecia os caminhos que levavam ao norte, foi nomeado como Capitão-mor da Bandeira de Fernão Dias Paes Leme. Em 21 de julho de 1674, Fernão Dias saiu de São Paulo e segue ao encontro das tropas de Mathias Cardoso. A partir desta Bandeira, surgiram quatro Arraiais: 1-Ibituruna; 2-São Pedro do Parahypeba; 3- Roça Grande e 4- Sumidouro. Terras férteis, clima ameno e paisagens imponentes e exuberantes, foram pontos essenciais para que daquele Ponto de Apoio da Bandeira de Fernão Dias, fundassem o Arraial de São Pedro do Paraypeba, que hoje compreende as localidades de Vargem de Santana e Santana do Paraopeba. A expedição percorreu grande parte do território mineiro, entre os anos de 1673, com a saída de Mathias Cardoso, até a morte de Fernão Dias em 1681. Naquele mesmo ano, em 1681, no Arraial de São Pedro do Parahypeba, ocorreu o encontro de Garcia Rodrigues Paes, filho de Fernão Dias e D. Rodrigo Castelo Branco, o Administrador das Minas, e neste local foi lavrado e assinado, por eles e por Mathias Cardoso, o ato da entrega das esmeraldas e dos Arraiais fundados pela Bandeira e ali se lavrou o ato da entrega das supostas esmeraldas (As pedras encontradas eram turmalinas, mas devido a cor esverdeada, se confundiam com a esmeralda).

Casinha Velha

Este imóvel, conhecido popularmente como “Casinha Velha”, tem grande importância histórica pra o município de Belo Vale e para a história local. Juntamente com a Casa da Bica e Igreja de Sant'Ana, bens culturais já protegidos, e outros pontos históricos locais, é testemunho dos primórdios da ocupação de Vargem de Santana. A Prefeitura de Belo Vale, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo em setembro de 2022, realizou a efetivação da compra deste imponente imóvel e, o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Cultural, Artístico e Natural de Belo Vale, reconheceu, por unanimidade, como Patrimônio Cultural Material de Belo Vale, o imóvel denominado “Casinha Velha”, localizada na Comunidade de Vargem de Santana, Zona Rural de Belo Vale. O Registro deste Imóvel como Patrimônio Cultural Material, foi homologado através de Decreto Municipal de Nº 948/2022 e Inscrição no “Livro de Tombo, em acordo com a Lei Municipal de Nº 965/1997, que estabelece normas de Proteção ao Patrimônio Cultural de Belo Vale.

Casa da Bica
Imagem de São Gonçalo da Ponte

A devoção a São Gonçalo do Amarante em Minas Gerais é datada do século XVIII. O culto ao beato português existiu em todas as comarcas da região das Minas Gerais. A imagem de São Gonçalo da cidade de Belo Vale é uma imagem esculpida em madeira policromada datada do século XVIII e possui grande valor histórico para os belo-valenses. Por seu valor histórico e eclesiástico, recebeu o registro de Patrimônio Cultural Material através do Decreto Municipal de N° 11/2006 com Inscrição no Livro do Tombo, Inscrição de N° 02. A imagem fica resguardada na também histórica Igreja Matriz de São Gonçalo datada do Século XVIII.

Este imponente imóvel, de propriedade particular, conhecido como Casa da Bica, possui grande relevância histórica para o município de Belo Vale, pois juntamente com o imóvel conhecido como Casinha Velha, Marco dos Bandeirantes e Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Bens Culturais já protegidos pelo município, é testemunho do início da ocupação de Vargem de Santana, berço do município de Belo Vale. O imóvel foi reconhecido como Patrimônio Cultural Material de Belo Vale por meio do Decreto de Tombamento de N° 155/2014 com Inscrição no livro do Tombo, Inscrição de N° 06.

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